Retrospectiva: Como foi 2020 para algumas culturas

2020, com certeza, foi um ano desafiador para todos nós. Com a chegada da pandemia, rotas precisaram de alterações e alguns planos foram adiados. Parte do mundo parou. O agronegócio não. Isso porque somos responsáveis pelos alimentos que chegam, diariamente, à mesa da população. Foi preciso de muito cuidado, ajustes na rotina e dedicação para manter o setor funcionando e produzindo. A pandemia ainda não acabou, mas estamos esperançosos no futuro e em tudo que está por vir. Por isso, convidamos vocês a acompanhar uma breve retrospectiva de como foi o ano para algumas culturas importantes. Vamos lá?

Soja

O setor da soja viveu um dos momentos mais espetaculares de sua história, apesar do ano diferente e desafiador. Além de colher a maior safra de todos os tempos e, de quebra, se tornar o maior produtor mundial do grão, os produtores viram os preços da saca atingirem patamares inéditos. A cultura, que há muito tempo já é a principal cultura agrícola do país, se coloca - cada vez mais - na liderança mundial, não só na exportação, mas também na produção. Diversos fatores favoráveis, como demanda e câmbio, possibilitaram a celebração de alguns recordes, tanto em oferta como em valores.

 Confira as informações completas sobre o mercado da soja aqui.

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Milho

O setor produtivo do milho comemorou a marca de 100 milhões de toneladas, na etapa 2019/2020, e considera que o avanço pode ser ainda maior, devido à boa demanda. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o milho é hoje a segunda cultura agrícola com maior Valor Bruto de Produção (VBP), com R$ 81,9 bilhões, 15% a mais do que em 2019. A fase está sendo considerada excepcional, em que se celebra a valorização do grão, a passagem da produção do patamar de 100 milhões de toneladas e sua maior participação nas exportações. Hoje, o Brasil produz até três safras por ano e mostra disposição de continuar evoluindo para atender a crescente demanda.

Confira as informações completas sobre o mercado do milho aqui.

Hortifruti

2019 apresentou, de maneira geral, maior rentabilidade em produtos da horticultura, mas 2020 se mostrou um ano complicado e cheio de imprevisibilidade no setor. O Cepea, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP, na virada do ano, ainda previa algum crescimento de área nas principais culturas com cenário então de retomada de crescimento, embora preocupado com o impacto da alta do dólar.

A mesma expectativa tinha o Instituto Brasileiro de Horticultura (Ibrahort) até o início de março. Porém, com a chegada da pandemia do coronavírus e a crise gerada, a entidade previu que o cenário seria turbulento e sem condições de previsibilidade. A comercialização interna de frutas, verduras e legumes não atingiu o esperado pelo setor em 2019, as expectativas iniciais positivas para 2020 ficaram abaladas e as vendas registradas em nível de atacado, junto às centrais de abastecimento do País, também apresentaram redução no volume negociado, comparando com o ano anterior.

Porém, dados preocupantes sobre a presença elevada de problemas de obesidade, hipertensão e diabetes na população, reforçaram a necessidade de incluir hortifrutigranjeiros na dieta alimentar, aumentando as expectativas do setor para o próximo ano.

Já que o assunto é hortifruti, você já conferiu os vídeos que preparamos sobre a importância desses itens na nossa alimentação?

Fontes:
Anuário Brasileiro da Soja 2020
Anuário Brasileiro do Milho 2020
Anuário Brasileiro do Horti&Fruti 2020