Mitos e verdades da fertirrigação: Aumentando a produtividade e a sustentabilidade com ciência e tecnologia
Entender mitos e verdades da fertirrigação é essencial para otimizar produção, minimizar desperdícios e preservar solo e recursos hídricos. Conheça como a técnica vem ganhando espaço no campo e de que modo soluções como YaraTera CALCINIT e YaraRega estão fazendo a diferença.
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A fertirrigação tem se consolidado como um dos métodos mais eficientes e sustentáveis de adubação. A técnica consiste na aplicação de nutrientes dissolvidos em água diretamente no solo ou no sistema radicular via irrigação. No entanto, ainda circulam muitas dúvidas sobre o método, o que confunde produtores e técnicos. Para ajudar a separar fato de ficção, a Yara aplica seu conhecimento técnico em nutrição de plantas para apresentar os principais mitos e verdades sobre fertirrigação.
A irrigação é uma prática milenar, essencial para a produção de alimentos em diversas partes do mundo. Com o avanço da tecnologia, ela se uniu a outra técnica fundamental para a nutrição das plantas: a adubação. Dessa fusão, nasceu a fertirrigação, um método que se tornou indispensável para a agricultura moderna. Ao entregar água e nutrientes de forma conjunta e precisa, a fertirrigação otimiza o uso de recursos, impulsiona a produtividade e garante colheitas mais saudáveis e rentáveis. No entanto, por ser uma prática relativamente recente em larga escala, ainda circulam muitas dúvidas e conceitos equivocados sobre o tema. Para esclarecer todas as perguntas, a Yara ajuda a desvendar os principais mitos e verdades da fertirrigação.
Mitos
Mito 1: “A fertirrigação só serve para grandes propriedades”
Esse é um mito comum. Muitas vezes, produtores de pequeno ou médio porte acreditam que a implantação de sistemas de fertirrigação exige um enorme investimento ou deve ser feito em uma escala mínima, mas isso não é correto. A técnica pode ser utilizada em diferentes escalas, desde hortas e viveiros até grandes plantações, desde que o sistema de irrigação seja bem dimensionado e adaptado à realidade da cultura.
Pequenas áreas costumam demandar sistemas mais simples (como gotejamento localizado, microaspersão ou até mangueiras perfuradas), com menor complexidade e custo. O que pesa mais no custo é o planejamento, os insumos e o controle do sistema, não necessariamente a escala. Um sistema bem projetado pode ser viável mesmo em propriedades menores.
Mito 2: “Fertirrigação é cara e não compensa”
Outro mito persistente é que a técnica seria economicamente inviável. Realmente, há um custo inicial (investimento em tubulações, válvulas, bombas, tanques de injeção e controladores). No entanto, muitos casos demonstram que o retorno sobre esse investimento costuma ser alto.
Os ganhos vêm principalmente da eficácia no uso dos fertilizantes (menos perdas, mais eficiência), da redução no consumo de água e da possibilidade de dosagens mais precisas e fracionadas. Em culturas de alto valor ou com exigência nutricional fina, o custo adicional é diluído pela elevação de produtividade e pela economia de insumos. Logo, pode-se afirmar: se bem planejada e aplicada, a fertirrigação compensa economicamente.
Mito 3: “A fertirrigação não é indicada em períodos de chuva”
Muitos produtores têm o receio de fazer fertirrigação nesses períodos de chuva, com medo deles serem “lavados” (lixiviados). Nessas condições, o ideal é que trabalhemos com um volume de água menor, porém mantendo a quantidade de nutrientes pré-estabelecidas de acordo com a fase fenológica da cultura. Nesse caso, é extremamente importante conhecermos o tempo de avanço do nosso sistema. Além do tempo de avanço, devemos nos atentar ao tempo de injeção do fertilizante e o tempo de limpeza do sistema. Para se obter a máxima uniformidade de fertirrigação, o tempo de injeção de fertilizantes não deve ser menor que o tempo de avanço e o tempo de limpeza do sistema não deve ser menor que o tempo de injeção de fertilizantes.
Fertilizantes como o YaraTera CALCINIT, com alta solubilidade e formulação de nitrato de cálcio, permitem liberação eficiente de nitrogênio e cálcio mesmo com precipitação moderada, minimizando perdas. Quando o planejamento é feito com base em análise de solo, momento certo de aplicação, volume de água e previsão do tempo, a fertirrigação continua efetiva. Além disso, sistemas bem fechados ou cobertos (como estufas ou irrigação por gotejamento) reduzem muito a influência negativa da chuva. Estudos e práticas demonstram que as perdas podem ser controladas, e que a eficiência nutricional pode se manter acima de 90 % quando dose, produto, momento e localização estiverem alinhados, respeitando o manejo 4Cs.
Mito 4: “Fertirrigação elimina a necessidade de análise de solo e de planejamento”
Falso. Pelo contrário: a fertirrigação exige informação. Ela funciona melhor quando o técnico conhece o histórico do solo, as reservas de nutrientes, a qualidade da água e o comportamento da cultura. A ideia de que “basta diluir fertilizante na água” é um atalho perigoso que pode provocar deficiências, antagonismos nutricionais, obstruções e até fitotoxicidade. Portanto, análises periódicas de solo, monitoramento foliar e a adequada calibragem do sistema são passos obrigatórios para colher os benefícios prometidos. Contar com o apoio de um agrônomo e de dados da lavoura garante que a fertirrigação alcance seu máximo potencial na nutrição das plantas.
Verdades
Verdade 1: “A fonte certa de nitrogênio e potássio tem impacto direto no desenvolvimento da planta”
Nitrogênio e potássio são macronutrientes críticos, mas nem todas as fontes têm os mesmos efeitos ou riscos. O nitrogênio pode vir em formas diferentes: nítrica, amoniacal ou amídica. Cada uma tem implicações diferentes para absorção, volatilização, efeito sobre pH do solo, estabilidade no ambiente, etc.
O potássio frequentemente se apresenta como cloreto de potássio, nitrato de potássio ou sulfato de potássio. O cloreto de potássio é a fonte mais utilizada, porém, a que apresenta o maior potencial de salinização, além de fornecer o íon cloreto, o cloro é um micronutriente que é exigido em pequenas quantidades pelas culturas, o seu excesso no solo pode afetar a absorção de nutrientes gerando um antagonismo com absorção do nitrato, outro íon que é mais demandado pelas culturas e a fonte preferencial de absorção de nitrogênio pelas plantas. A qualidade da fonte também influencia o risco de salinização, acidificação, toxicidade por íons indesejados, eficiência de absorção, desenvolvimento radicular, saúde vegetal geral.
Produtos da Yara evidenciam esses impactos. Por exemplo, o YaraRega QUALIFRESH possui potássio 100% à base de sulfato, sendo livre de cloro, o que reduz riscos de salinização e melhora o ambiente radicular. Também o YaraTera CALCINIT utiliza nitrogênio majoritariamente na forma de nitrato (93%) e cálcio solúvel, favorecendo absorção, evitando problemas comuns como volatilização e acidificação excessiva do solo.
Verdade 2: “A fertirrigação aumenta a eficiência no uso de nutrientes”
Essa é uma das principais justificativas para seu uso. Ao aplicar os fertilizantes dissolvidos diretamente na água de irrigação e distribuí-los junto ao sistema de gotejamento ou outra infraestrutura, diminui-se a dispersão dos nutrientes no solo e as perdas por volatilização. Com isso, a quantidade certa de nutrientes fica disponível para as raízes no momento certo, aumentando a absorção pela planta. Isso significa menor desperdício e aproveitamento mais racional dos insumos, já que a adubação acontece de forma constante e em doses controladas, permitindo melhor aproveitamento dos adubos pela raíz.
Verdade 3: “É possível adaptar a adubação às diferentes fases da planta”
Essa é justamente a versatilidade que a técnica proporciona. Em vez de aplicar um único pacote de fertilizantes no início do ciclo (como acontece em adubações convencionais), com a fertirrigação é possível fracionar e variar concentrações conforme a demanda da cultura em cada fase. Por exemplo: na fase vegetativa, o produtor pode aplicar mais nitrogênio para estimular o crescimento de folhas; na floração e frutificação, ajustar fósforo e potássio conforme necessidade; e na maturação, moderar determinados nutrientes. Esse ajuste fino contribui para eficiência e respostas mais rápidas de diversos tipos de cultivo. Em regiões com restrição hídrica, a técnica também contribui para usar a água de irrigação de forma mais produtiva.
Verdade 4: “A fertirrigação pode ser aplicada em diferentes manejos e culturas, não apenas em cultivos de alto valor agregado”
Durante muito tempo, a fertirrigação foi associada apenas a culturas de alto valor comercial, como hortaliças, frutas e flores, onde cada metro quadrado de área cultivada precisa expressar o máximo potencial produtivo. No entanto, a técnica já se expandiu para diversos sistemas de manejo e também para culturas de grande escala. Café, cana-de-açúcar, milho e soja, por exemplo, vêm apresentando resultados positivos com programas de fertirrigação bem estruturados, especialmente em regiões com sistemas de irrigação consolidados.
Isso acontece porque o princípio da fertirrigação, de fornecer água e nutrientes de forma equilibrada e sincronizada com a demanda das plantas, é universal. Seja em sistemas de gotejamento, pivô central ou aspersão, a técnica permite ganhos de eficiência, melhor aproveitamento de insumos e incrementos de produtividade, independentemente do valor de mercado da cultura.
Yara: Inovação e eficiência em fertirrigação
O YaraTera CALCINIT é um fertilizante de nitrato de cálcio 100% solúvel em água, desenvolvido especialmente para fertirrigação. Sua formulação apresenta uma alta porcentagem de nitrogênio nítrico, acompanhado por uma pequena fração amoniacal, o que favorece a absorção rápida pelas plantas e reduz significativamente as perdas por volatilização. Além disso, o produto fornece cálcio solúvel, nutriente fundamental para o desenvolvimento radicular, para a qualidade dos frutos e para a resistência a doenças de raiz, impactando diretamente na durabilidade pós-colheita. Outro diferencial importante é o fato de ser um fertilizante livre de cloro, sódio e metais pesados, características que reduzem os riscos de salinização e de impactos negativos na qualidade estrutural do solo. O YaraTera CALCINIT também se destaca por provocar menor acidificação em comparação com fertilizantes que liberam íons de amônio em maior proporção. Sua elevada solubilidade facilita o uso em diferentes sistemas de irrigação, garantindo aplicações mais limpas, com menos resíduos e menor risco de entupimentos.
Já a linha YaraRega simplifica bastante o manejo: em vez de usar diversos produtos, os fertilizantes da linha entregam combinações prontas que atendem à maioria das exigências nutricionais com apenas uma ou duas fórmulas. Os adubos YaraRega oferecem sete nutrientes em um único grânulo — Nitrogênio, Fósforo, Potássio, Magnésio, Enxofre, Boro e Zinco — o que elimina a necessidade de misturas complexas de insumos e reduz a utilização de tanques separados, tornando a operação mais ágil e segura. A linha inclui fórmulas como o YaraRega QUALIFRESH e o YaraRega FULLNUTRI, que combinam proporções específicas de N, P e K para atender às diferentes fases de desenvolvimento das culturas. Outro ponto de destaque é a escolha criteriosa das fontes de potássio, o que diminui o risco de salinização do solo. O formato granulado, com alta solubilidade e baixo teor de impurezas, também favorece o transporte, o armazenamento e a aplicação, oferecendo segurança ao produtor e garantindo maior eficiência na nutrição das plantas.
Uma das maiores vantagens desses produtos, é a sua versatilidade. Em muitos casos, a combinação do YaraTera CALCINIT e de um produto da linha YaraRega pode substituir a necessidade de até oito adubos diferentes que seriam usados em manejos tradicionais. Isso não apenas simplifica o manejo operacional, mas também reduz consideravelmente a chance de erros na hora da aplicação. Imagine ter que preparar soluções com múltiplos sacos de fertilizantes diferentes versus misturar apenas um ou dois produtos. A logística e o manuseio se tornam muito mais simples, e o agricultor pode se concentrar no que realmente importa: o desenvolvimento da lavoura.
A fertirrigação, quando bem planejada, é uma tecnologia poderosa para aumentar produtividade, eficiência de uso de nutrientes, conservar recursos hídricos e preservar a qualidade do solo. Muitos dos mitos ainda existentes decorrem de experiências com produtos de baixa qualidade ou práticas inadequadas. Utilizar produtos de alta performance como os da Yara garante que a água e os nutrientes sejam entregues de forma precisa e sem perdas, o que resulta em maior produtividade, qualidade da colheita e, principalmente, em um futuro mais sustentável para a agricultura.
E você, já pensou em como a fertirrigação pode transformar o manejo da sua lavoura? Acesse nossos canais digitais ou fale com o consultor Yara da sua região e conheça o portfólio de soluções em fertirrigação da Yara.