Pé de Café: Como Potencializar Esse Cultivo
O plantio de pé de café pode ser bastante rentável, inclusive por ser perene. Mas alguns cuidados devem ser tomados, especialmente em relação à fertilização e ao preparo do solo. Confira!
O café é uma das commodities agrícolas mais consumidas e apreciadas no mundo todo e desempenha um papel fundamental nas economias de diversos países. Seu processo de cultivo é bastante minucioso e demanda cuidados desde a escolha correta do local e a preparação do solo até as técnicas de colheita.
Neste artigo, confira as principais dicas para obter êxito no cultivo de pé de café:
- escolha da variedade adequada;
- escolha da área para o plantio;
- preparo do solo;
- semeadura e espaçamento;
- fertilização.
1. Escolha da variedade adequada
As duas espécies de café mais cultivadas no Brasil são a Coffea Arábica e Coffea Canephora (Conilon e Robusta). Enquanto a primeira é priorizada nos estados de São Paulo e Minas Gerais, a segunda é mais comum na Bahia, e no Espírito Santo e Rondônia.
A escolha da variedade (Café Arábica) ou clone (Café Conilon) do café para o cultivo é uma das decisões mais importante sobre a cultura, e que o produtor deve tomar ainda no início de sua jornada. É importante identificar cultivares ou clones que melhor se adaptem às condições climáticas do local e do solo da região, além da pressão de pragas e doenças para analisar a viabilidade de se adotar cultivares resistentes.
Essa decisão não afeta apenas a produtividade da safra e a qualidade do produto final, mas também a sustentabilidade a longo prazo da plantação — já que o café é uma cultura perene.
2. Escolha da área para o plantio
Na hora de escolher a melhor área para o cultivo de café, é fundamental levar em consideração o clima. No caso do café arábica, as temperaturas ideais para seu desenvolvimento são entre 18ºC e 23ºC, enquanto o conilon lida bem com temperaturas mais altas, entre 23ºC e 26ºC.
Existem diferentes realidades de cultivo do cafeeiro no brasil, entre elas tem destaque a cafeicultura mecanizada (áreas de relevo mais plano), cafeicultura de montanha (áreas com relevo mais acidentado com maior necessidade de mão de obra, cafeicultura irrigada e fertirrigada (em função do clima tem aumentado a adoção de irrigação), entre outras.
3. Preparo do solo
A preparação adequada do solo é essencial para a produtividade e para a qualidade da lavoura e do produto final. Um solo bem preparado deve fornecer os nutrientes necessários para o desenvolvimento tanto do sistema radicular quanto da parte aérea, sendo muito importante para a produtividade da lavoura, pois, se tratando de uma cultura perene, que vai ser cultivada por 15 a 20 anos, o produtor não terá muitas oportunidade de correção do solo em profundidade durante a fase produtiva da lavoura.
O primeiro passo desse preparo começa com a análise do solo, que envolve a coleta de amostras de diferentes pontos da área de plantação para avaliar seus níveis de nutrientes, sua textura, estrutura e, também, pH. No caso do café, é considerado o pH ideal entre 6 e 6,5.
A partir dessa análise é que devem ser tomadas decisões importantes acerca da necessidade de fertilização do terreno e das plantas, bem como a de práticas corretivas, como a aplicação de calcário no solo.
Uma característica específica da cultura de pé de café, que deve ser levada em consideração no preparo do solo, é que as raízes dessa planta conseguem explorar de forma bastante profunda.
Sendo assim,o preparo profundo do solo, eliminando as limitações químicas e físicas para que o crescimento das raízes seja facilitado, bem como todas as camadas que a planta alcança devem receber o mesmo tratamento em relação a nutrientes e pH.
4. Semeadura e espaçamento
Durante a semeadura do café, é importante garantir o espaçamento adequado para que as plantas consigam se desenvolver adequadamente, sem competir por espaço, água e nutrientes.
O espaçamento também é muito importante pois vai influenciar diretamente no manejo e produtividade da lavoura. O espaçamento ideal vai depender do manejo do produtor (manual ou mecanizado) e da cultivar adotada. Porém para cultivos modernos não é recomendado menos de 4.000 plantas por ha.
5. Fertilização
A fertilização adequada é fundamental para o desenvolvimento de todas as culturas agrícolas, e não é diferente no caso do cafeeiro, sendo um dos principais fatores que influenciam no crescimento, na saúde e na produtividade das plantas.
O cafeeiro na fase produtiva tem alta demanda nutricional e a falta de nutrientes essenciais leva a deficiências que afetam tanto o desenvolvimento das plantas quanto a qualidade dos grãos.
Os principais nutrientes necessários são os macronutrientes: nitrogênio, fósforo e potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Além deles, alguns micronutrientes como boro, ferro, zinco, cobre e manganês são bastante necessários, ainda que em quantidades menores.
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